Sabato, 02 Agosto 2008 15:54

Cittadinanza e inclusione attraverso l’arte

Scritto da  Gerardo

Ancora una volta CMA Hip Hop ci informa su un’interessante iniziativa.
Questa volta si tratta della proiezione di una serie di documentari, che avrà inizio il prossimo 5 agosto e durerà fino all’11.
Il soggetto delle proiezioni è l’arte, intesa come strumento di inclusione sociale e di promozione della cittadinanza.
Nel seguito (in lingua portoghese), uno scritto sull’iniziativa, sugli “attori” coinvolti e sul programma. Con i riferimenti per chi volesse entrare in contatto…

Cidadania pela Arte Afro-Brasileira
Documentário registra a ação de organizações sociais da Bahia que utilizam as artes afro-brasileiras para a inserção de jovens e crianças.


O esforço de organizações sociais em utilizar a arte como ferramenta de inclusão social e promoção da cidadania para jovens e crianças no Brasil despertou a atenção do cineasta norte-americano Benjamin Watkins que, a partir de 2004, passou a acompanhar com sua câmera o dia-a-dia de quatro dessas organizações sociais. O resultado de mais de 120 horas de filmagem é o documentário Insurreição Rítmica que terá lançamento para convidados no próximo dia 05 de agosto, às 19h, no Teatro Vila Velha (Passeio Público). O filme também será exibido nas comunidades retratadas, quando os jovens atendidos por projetos sociais e seus familiares terão a oportunidade de se verem na tela grande. Insurreição Rítmica tem a co-produção da Big Wonderful Inc (EUA) e a Candace Cine Vídeo (Bahia), além da parceria com o Instituto Mídia Étnica.

As entidades registradas pela câmera de Benjamin Watkins são: a Escola de Música e Dança Didá, criada pelo Mestre Neguinho do Samba, que possui uma banda e um Bloco carnavalesco, formado por mulheres adolescentes do Centro Histórico de Salvador; a Escola Picolino, que por mais de 20 anos, vem difundindo a arte circense e profissionalizando jovens, em Pituaçu; o Bejé Eró, que através de aulas de cidadania, teatro, dança e música, oferece alternativas para os jovens da Vila Viver Melhor, localizado no Ogunjá; e a Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro – ACANNE, que utiliza a capoeira para trabalhar com jovens da periferia e do centro de Salvador no desenvolvimento comunitário e na valorização de suas origens africanas.

Na estréia, dia 05, jovens desses grupos culturais farão apresentações artísticas no palco do Teatro Vila Velha, revelando o talento desenvolvido nessas organizações. Os convidados poderão ouvir a batida das meninas da Banda Didá, números circenses do Picolino, a arte teatral do Beje Erô e o toque do berimbal dos alunos da ACANNE.

O documentário possui 90 minutos (1h30) e retrata a transformação promovida por essas organizações sociais na vida de crianças e jovens de bairros pobres de Salvador. São adolescentes cujas possibilidades de inserção social são limitadas pela pobreza, pela discriminação e pelo racismo. “A arte surge como via de união desses indivíduos, elevando a auto-estima, reconstituindo a identidade, capacitando-os profissionalmente e inserindo-os socialmente”, ressalta o cineasta Benjamin Watkins, nascido na cidade de Akron, no estado do Ohio (EUA).

Exemplos - História como a de Antonio Marcus, da comunidade da Saramandaia, que viu muitos dos seus amigos morrerem pelo envolvimento no tráfico, mas que encontrou saída para esta realidade através das aulas no Circo Picolino, a partir de 1991. Hoje, Antonio Marcus é um dos artistas e instrutores da Escola de Circo e criou, com outros jovens da Saramandaia, um projeto social, onde repassa seus conhecimentos artísticos a outras crianças. Através de exemplos positivos como o de Antonio Marcus, a situação de violência da Saramandaia diminuiu e os jovens passaram a buscar outras alternativas.

Alternativas também encontradas por Mário Roma, morador da Vila Viver Melhor, no Ogunjá, que sonha com uma carreira artística que garanta dias melhores para sua família. O aprendizado vem nas aulas de teatro e percussão do projeto comunitário Beje Eró, saudação iorubá para os Ibejis, orixás que representam as crianças. Através do Beje Eró, Mário e outras crianças montam peças teatrais, fazem apresentações da banda e discutem temas como riscos das drogas, cidadania, direitos e deveres.

Continuidade - Para garantir que essas organizações sociais continuem divulgando suas ações e registrando suas conquistas, o Projeto Insurreição Rítmica conseguiu equipar as quatro organizações retratadas no filme com câmeras de vídeo digital e ilhas de edição. “A proposta é que os projetos sociais que contaram suas histórias no filme agora possam ser autores de suas próprias produções”, destaca Benjamin. A idéia é que o Instituto Mídia Étnica, organização do movimento social formada por jovens comunicadores afrodescendentes, que também recebeu os equipamentos, possa ser um pólo de produção e distribuição de conteúdos audiovisuais que tratem de questões ético-raciais na Bahia.

Entrevistas com artistas, intelectuais e militantes do movimento negro baiano permeiam o filme, entre elas a educadora e diretora do bloco afro Ilê Aiyê Arany Santana, o historiador Ubiratan Castro de Araújo, a cantora Margareth Menezes, o ator Jorge Washington do Bando de Teatro Olodum e a escritora e educadora Vanda Machado. “Essas falas ajudam a entender a importância da cultura africana na identidade do povo baiano e de como essas referências podem ser utilizadas na socialização de jovens”, explica o diretor.

Após conhecer vários países de forte presença negra, como Ghana, Cuba e Haiti, e ser sensibilizado, pessoalmente, pela força das heranças africanas, Benjamin Watkins foi impactado pelo que viu e ouviu na Bahia.

“O que despertou meu interesse em realizar este filme foi ter visto que na Bahia, com a maior comunidade afrodescendentes das Américas, após quase cinco séculos, a luta contra a opressão continua, através de guerreiros e guerreiras como Mestre René (Acanne), Rejane Maia (Beje Eró), Anselmo (Picolino), Viviam (Didá) e Paulo Rogério (Instituto Mídia Étnica), que são algumas das muitas vozes contra a opressão e contra o racismo”, destaca Benjamin. “Nosso intuito é provocar a interação entre essas experiências positivas e outras iniciativas que possuem desafios semelhantes pelo mundo”, finaliza o diretor.

Série de lançamentos do documentário Insurreição Rítmica
Dia 5 de agosto, às 19h, no Teatro Vila Velha (Passeio Público – Campo Grande): lançamento para a imprensa e convidados.

Exibições nas comunidades - aberto ao público:
Dia 07/08
, às 19h, na Didá, Pelourinho;
Dia 08/08, às 19h, na Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro - Acanne (Largo 2 de Julho);
Dia 09/08, às 19h, no Bejé Eró (Vila Viver Melhor / Ogunjá);
Dia 10/08, às 18h, no Centro Cultural de Plataforma (Praça São Brás, Plataforma – Subúrbio Ferroviário);
Dia 11/08, às 19h, no Circo Picolino (Pituaçu).

Ficha Técnica
Diretor: Benjamin Watkins
Produção: Paulo Rogério Nunes (Instituto Mídia Étnica) e Eliciana Nascimento(Candace Cine Vídeo).
Câmera: Eliciana Nascimento, Benjamin Watkins, André Santana, Bill Delano, Greg Swingle, Igor Souto

Informações: www.insurreicaoritmica.org
Assessoria de Imprensa: André Santana (DRTBA 2226)
Tel: (71) 9106-1512 / 8873-7047

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